segunda-feira, 16 de abril de 2012

Review - Episódios 2x01 "The North Remembers" & 2x02 "The Night Lands"


Uma princesa imune a fogo, uma mãe imune a adagas, uma sacerdotisa imune a veneno, e uma rainha imune à razão; qual delas devemos temer?

Enfim “Game of Thrones” está de volta, e a julgar pelos dois primeiros episódios, essa segunda temporada tem tudo para ser ainda melhor que a primeira. Tudo bem que pouca coisa realmente relevante tenha acontecido, mas esse começo de temporada estabeleceu direitinho a posição de cada jogador, além de introduzir novos, que podem ainda não ter mostrado a que vieram, mas sem dúvida não estão ali à toa.

O plot central dessa temporada é a instabilidade política que se estabeleceu em Westeros após a morte do rei Robert. Como bem disse Catelyn, “há um rei em cada canto agora”, e todos estão dispostos a ir onde quer que seja para conquistar o poder. Joffrey, filho (i)legítimo de Robert, está sentado no Trono de Ferro, enquanto sua mãe Cersei tenta a todo custo colocar algum juízo na cabeça do imaturo rei – sem muito sucesso, afinal Cersei é uma mulher extremamente forte e com grande talento para política, mas sem controle nenhum sobre o próprio filho. Isso fica claro quando descobrimos que o terrível massacre aos bastardos de Robert, mostrado ao final do primeiro episódio, foi obra não dela, mas sim de Joffrey.

Quem também tenta colocar ordem no governo de Joffrey é Tyrion, que agora é a Mão do Rei. Mas ao contrário de Ned, o anão conhece bem as regras do jogo, e não medirá esforços para pôr ordem na situação – e seu primeiro grande movimento é demitir o comandante da Patrulha da Cidade (sem o conhecimento de Cersei ou Joffrey, claro) e colocar seu escudeiro Bronn no lugar. É impossível não elogiar o trabalho de Peter Dinklage, que apesar do forçado sotaque britânico, é um excelente intérprete, digno dos prêmios que recebeu. Lena Headey, que interpreta Cersei, também está surpreendendo, e as cenas dos dois são um show à parte. E como outras reviews pela net já notaram, Peter agora é o primeiro nome nos créditos de abertura, uma “promoção” mais do que merecida!

Enquanto isso, Robb Stark reúne seus exércitos do Norte com a missão de obter o controle da região. Mas ao contrário dos outros reis, ele tenta conseguir o poder não apenas com batalhas, mas também alianças – e, para tanto, envia sua mãe Catelyn para Ponta Tempestade, a fim de tentar uma aliança com Renly, irmão mais novo de Robert; e Theon para as Ilhas de Ferro, para conseguir o apoio de seu pai, Balon. Ainda não sabemos o resultado da viagem de Cat, mas a de Theon não foi bem sucedida; ao invés de se aliar a Robb, Balon decide lutar ele mesmo pelo poder, e mais um rei entra no conflito. É bom ver Theon ganhando mais espaço na trama, assim podemos conhecer mais da história e das motivações do garoto.

Esse começo de temporada também nos apresentou Stannis Baratheon, outro irmão de Robert e, segundo Ned Stark, herdeiro legítimo do Trono de Ferro. Pelo que vimos até agora, Stannis é um homem forte e com espírito de liderança, mas que se deixa manipular por Melisandre, uma sacerdotisa que quer converter todos à sua religião com algum propósito ainda desconhecido (uma clara alegoria às religiões que pregam a existência de um Deus único, ao contrário de outras como o catolicismo, que acreditam na existência de várias divindades, ou santos). Mas Stannis também tem a seu lado Davos Seaworth, um ex-contrabandista que tem uma dívida de gratidão com o rei, e não deixará que ele seja manipulado tão facilmente. Só não sabemos ainda se ele vai conseguir, afinal, como vimos no final do segundo episódio, Melisandre tem “outras táticas” para controlar um homem.

Mas enquanto novos personagens se apresentam, alguns dos antigos ainda não tem muito que fazer. Que o digam Daenerys (que está perdida no deserto, vendo seu khalasar diminuir a cada dia), Jon (que conheceu o selvagem Craster, que parece guardar mais segredos além de se relacionar com as próprias filhas), e Arya (que continua em seu caminho para Winterfell, e agora tem como aliado Gendry, o filho bastardo de Robert. Mas será que ela pode confiar mesmo nele?). Vamos ver como essas histórias se desenvolverão no futuro, e a importância delas na trama central.

Mesmo assim, estou gostando da forma como essa segunda temporada de “Game of Thrones” está guiando sua história, dando o devido espaço para cada personagem. As peças continuam se movendo no tabuleiro, e o jogo toma contornos cada vez mais perigosos. E, como já se sabe, quando se joga o jogo dos tronos, ganha-se ou morre.

5 comentários:

Sanguine Aurum. disse...

gostei do seu post tambem sou fã da serie e agora estou seguindo seu blogger ok!

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Oi Caio!

Eu também sou fã da série, e dos livros (já li todos) e estou gostando bastante da nova temporada. Peter Dinklage está sensacional, Lena Headey também, mas acho que quem está roubando a cena é justamente Alfie Allen. Eu sou uma dos poucos que adoram o Theon, e achei muito legal você mencionar ele, e foi o único que eu vi que encheu de julgamentos o personagem. A sua resenha aliás ficou bem legal, parabéns.

E agora fica o convite: eu também tenho um blog, e escrevo bastante sobre As Crônicas do Gelo e do Fogo e gostaria de te convidar para um visita: natrilhadoslivros.blogspot.com.

Também já te sigo faz um tempo, e você está de parabéns, seu blog é muito bonito, e eu sempre venho ver o que se passa em Westeros por aqui.

Beijos!

Fernanda

PS: eu também fiquei morrendo de inveja dos fãs pertinho do Kit Harington e do Richard Madden ;D

Caio Falcão disse...

Valeu pelos elogios, Fernanda. Seu blog também é muito legal, tanto que já até linkei aqui!

Beijo!

Fernanda Cristina Vinhas Reis disse...

Obrigada Caio! Vou linkar o seu também, tá!

Beijos!

Fernanda

Rod disse...

Os católicos acreditam em várias divindades? eu achava que era os protestantes neopentecostais que pagavam por lencinhos e agua benta mágica pra substituir remédios. Péssima idéia fazer este tipo de correlação com as religiões modernas.